sexta-feira, 18 de março de 2011

SINTOMAS
Ainda sem saber que tinha um nódulo, eu sentia muito cansaço, sono durante o dia, mas também insônia à noite. Achava que estava cansada porque não tinha dormido direito.
Depois começaram umas dores de cabeça diárias, o que achei estranho, pois nunca tinha tido nada.
Depois, achei que estava meio gordinha. Meu normal era 55 kg e eu já estava com 62 kg, então, fui ao endocrinologista e ele me deu remédio para tirar a fome.
Tomei o remédio e todos os meses eu ia lá prá pegar outra receita, mas não emagrecia de jeito nenhum.
Ok, fui para a academia. Todos os dias na academia, e nada de emagrecer.
A cabeça continuava doendo, e passei a dormir um pouco melhor, pois estava me exercitando e cansando o corpo.
Frio, sentia muito frio, mesmo no verão. Era uma sensação de frio de dentro para fora.
Outro sintoma era a irritação, era fora do normal e uma tristeza que parecia depressão. E a pele, que estava bastante ressecada, mesmo eu sendo viciada em cremes, a pele continuava seca, principalmente das mãos.

TOUR POR MÉDICOS DE DIVERSAS ESPECIALIDADES
Fui numa médica neurologista, ela me passou um remedinho que parou com as minhas dores de cabeça.
Dermatologista a cada dois meses prá mudar o creme do meu corpo, que não estava hidratando.
Estava indo à um endocrinologista há 2 anos, e nada dele me fazer emagrecer com a quantidade de sibutramina que ele me deu e muito menos de identificar que havia problema na minha tireóide.
Apelei para a acupuntura, afinal, alguém tinha que resolver minhas dores de cabeça, meu cansaço, minha tristeza freqüente, e fui no Dr. Jorge, excelente médico e lá ele pediu o exame de sangue e pediu que eu mudasse de endocrinologista.
Eu já vou no Dr. Jorge há 6 anos, resolvi atendê-lo e procurei outro endócrino, até porque estava desesperada com meu ganho de peso.
Fui parar no Dr. Paulo Sergio Manzini, endocrinologista em Alphaville/SP. Já cheguei no consultório pedindo remédio para emagrecer. Ele riu de mim, aliás ele riu de mim várias vezes, e com a maior calma do mundo apalpou minha tireóide, me pesou, ouviu o coração, e pediu diversos exames. Ainda fiquei toda nervosinha e disse que não tinha tempo pra fazer exames e que queria remédio. Ele não me deu o remédio para emagrecer.
Fui embora brava, mas depois de uns dias algo me fez ir fazer os exames e voltar no Dr. Paulo. Eu mal sabia que ele seria uma pessoa fundamental na minha vida, que me ajudou e que diagnosticou meu problema corretamente.

EXAMES
Hemograma completo.
Ultrasson da tireóide.
No exame de ultrasson, apareceu um nódulo de 0,2 mm (milímetros).

O endocrinologista, Dr. Paulo viu meus exames, apalpou novamente minha tireóide e por ter aparecido na ultrasson o nódulo, pediu que eu fizesse a punção.

Punção  - Biópsia aspirativa da tireóide
Eu não sabia o que era punção, ele me explicou que era um exame que ia tirar um líquido da minha tireóide para saber se era maligno ou não, qual tipo de nódulo.
Chorei na frente do médico, disse que tinha medo de fazer este exame, e ele explicou que realmente era perigoso e que se eu não fizesse com um bom profissional, poderia ter alguns danos na minha voz.
Ele me indicou um colega dele no bairro de Higienópolis, também se chama Dr. Paulo Campos Carneiro – especialista no exame de biópsia. Eu fui.
Manhã tensa, estava em jejum, e uma paciente antes de mim passou mal durante o exame e desmaiou. Jesus!!!! Eu queria sumir dali!!!!!! Estava com muito medo, mas já que tava ali...
O médico me chamou e eu quis saber tudo o que tinha acontecido com a paciente anterior. Ele perguntou-me se eu estava nervosa. Eu disse que sim. Se eu estivesse muito nervosa, ele me daria um calmante, mas não achei necessário.
Ele me explicou como seria o exame e pediu para que eu não me mexesse, não engolisse saliva durante o exame e que ficasse com a garganta relaxada. Fiquei totalmente paralisada, ele colocou a agulha na garganta, é uma agulha bem grossa, calibre 6, e como eu estava quieta, o exame foi rápido. Recomendo este médico, mas recomendo muito mais que se você for fazer este exame, que obedeça-o para que o resultado seja eficaz e que você não sinta muita dor.
Ele me mostrou no ultrasson, mas ainda não sabíamos que tipo de nódulo seria e o exame ficaria pronto em 15 dias, ia para análise do material. A recepcionista ainda me falou que poderia estar recebendo na minha residência. Foi o que eu pedi, para receber em casa.
A punção dói só na picada da agulha, mas é uma dor totalmente suportável e rápida. Acho que dói, por causa da tensão, do medo. Se fizer seguindo a orientação do médico, não dói quase nada.
Saí de lá e a garganta estava dolorida. Fiquei dois dias como se estivesse com a garganta inflamada, com dificuldade prá falar e para engolir.
No local que inseriu a agulha fica um pouco roxo e dolorido por alguns dias, é como quando se bate a perna ou braço em algum lugar e fica levemente roxo.


CONCLUSÃO DA PUNÇÃO: QUADRO CITOLÓGICO DE CARCINOMA PAPILÍFERO

Recebi o exame na minha casa, abri, mas não entendi, fui buscar na internet e só peguei informação ruim, ou, aquela que eu não queria saber.
CARCINOMA = CÂNCER

Os tipos mais comuns de câncer de tireóide são o carcinoma papilífero e o carcinoma folicular.
O carcinoma papilífero responde por 80% dos casos, se desenvolve nas células foliculares e têm crescimento lento. Geralmente atingem um único lobo da tireóide, mas entre 10% e 80% dos casos apresentam múltiplos focos da doença dentro da tireóide. Apesar de se desenvolver lentamente, o carcinoma papilífero pode atingir os gânglios linfáticos do pescoço, mas ainda assim, o tratamento costuma ser bem-sucedido e este tipo de câncer raramente é fatal.
O carcinoma folicular é mais raro e mais comum em países ou regiões em que a população não recebe suprimento de iodo adequado na alimentação. Ao contrário do que ocorre com o carcinoma papilífero, o folicular raramente atinge os gânglios linfáticos, mas pode atingir pulmões e ossos. Seu prognóstico é levemente pior que o do carcinoma papilífero, mas a doença costuma reagir bem ao tratamento
Fui trabalhar no dia seguinte, já estava desesperada e fui conversar com o médico do trabalho, aqueles médicos que ficam na empresa. Eu não ia conseguir ficar sem saber o resultado até meu retorno no Dr. Paulo.
Ele é muito bem conceituado, todos gostam muito dele na empresa, e eu quis saber o resultado do meu exame. Contei a ele que o Dr. Paulo tinha me pedido a punção e eu levei todos os resultados dos meus exames. Ele confirmou o nódulo malígno e disse que eu tinha sorte. Ele disse: “Você é uma mulher de sorte, seu câncer é o mais simples de todos”. Eu disse: Hã? Como assim, eu tenho câncer????
Ele respondeu: “sim, você tem câncer e de todos é o melhor e mais fácil de tratar”.
Quem é que fica feliz ao saber que tem câncer? Existe câncer mais simples? Eu vou morrer? O que eu tenho que fazer? Se eu tomar remédio isso sai?
Ele me explicou o processo que iria passar, falou que haveria necessidade de operação, que era um nódulo maligno e o meu ainda era pequeno, e que eu poderia viver mais um 5 anos daquela forma (cansada, triste, nervosa, com a pele seca, dor de cabeça), ou fazer a cirurgia rapidamente, a escolha seria minha.
Ë claro que eu ansiosa do jeito que sou, pedi indicação de um cirurgião e disse que ia fazer o mais rápido possível.
Saí da sala dele, totalmente sem noção do que fazer, do que sentir.
Fui para uma sala sozinha e meu Diretor ligou-me chamando para uma reunião. Eu disse que precisava de 10 minutos para chorar, que eu tinha acabado de saber que eu tinha câncer. Desabei!!!!!!!!! Meu Diretor me encontrou dentro da empresa, disse que não sabia o que fazer, mas que estaria ao meu lado para qualquer coisa que eu precisasse. Essas pessoas que ficam ao nosso lado são muito importantes.
Depois de uns dias, retornei ao Dr. Paulo, ele me confirmou tudo o que o médico do trabalho tinha dito. Aí sim eu confirmei e assumi que tinha CA Papilífero na tireóide.
O Dr. Paulo me indicou também alguns cirurgiões de cabeça e pescoço e pediu para eu  fazer a operação em breve porque o nódulo poderia aumentar e a situação que estava favorável, poderia mudar. 
Outra coisa que eles falaram, é que era para eu fazer de tudo para que o cirurgião optasse por retirar toda a tireóide. Primeiro, porque pode ainda haver restos de células cancerígenas na tiróide e outra, porque o remédio que é medicado depois, dá para você viver muito bem sem sua tireóide.

CIRURGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO

Esta é a especialidade do médico que opera a tireóide.
Fui ao médico indicado pelo médico da empresa que eu trabalhava, ele me explicou detalhes da cirurgia e agendei a data.
Passaram alguns dias e eu não estava segura com aquele médico. Busquei na internet informações sobre ele, e foram ótimas, mas eu não tive muita empatia com ele.
Fui ao médico indicado pelo Dr. Paulo. Excelente também, me explicou melhor ainda todo o processo.
E uma amiga que já havia operado e me deu todas as dicas, Ju Moncayo, indicou-me o Dr. Luiz Paulo Kowalski.

Eu ouço muito minha intuição e escolhi fazer a operação com o Dr. Kowalski.
O Dr. Kowalski atende em consultório particular, atende no Hospital Albert Einstein, é Diretor do Departamento de Cabeça, Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital AC Camargo, entre outros. Ah! E ele já teve câncer de cabeça e pescoço, ou seja, ele conhece os dois lados, o do médico e do paciente.

DESABAFAR COM AS PESSOAS QUE VOCÊ GOSTA SOBRE SUA DOENÇA

Foi bem esquisito comunicar às pessoas que eu tinha câncer, que teria que operar, mas que era o mais simples de todos, como os médicos já tinham me dito.
Ë uma fase também que nos fazemos de vítima e as pessoas também entram na nossa vitimização e sofrem junto.
A primeira pessoa que eu falei foi com a Silmara Sonni, uma grande amiga que trabalhava comigo. Ela não entendeu muito bem o que eu estava falando, mas chorou comigo e me agüentou no período de estress total.
Depois, contei para a Pati Lume, uma amiga maravilhosa que ficou o tempo todo comigo, me ligou todos os dias prá saber como eu estava e sempre que eu estava triste, chorosa, ela me colocava prá cima.
Depois tive que enfrentar a conversa mais difícil. Eu não tenho pais vivos e não tenho família próxima com quem eu possa me abrir nessas horas difíceis, mas tenho grandes amigas de infância que são como minhas irmãs (Adriana Lagoin, Pati Foligati e Luciana Amaral) – esta é história para outro blog, ou um livro, quem sabe.
Tive que ter coragem para contar para a Adriana, que eu sabia que ela iria sofrer tanto quanto eu. Ela também me ligou todos os dias, ouviu minhas choradeiras e chorou muito também.

Algumas pessoas se afastaram, acho que por ignorância, ou medo. Tinham medo da minha reação, não sabiam nem o que falar.

E outras, se aproximaram, pessoas que eu nem conhecia quando sabiam do meu caso, vinham contar também sua experiência, dar uma palavra de incentivo. Conheci muitas pessoas que tiveram o mesmo problema e que hoje vivem normalmente.

Na empresa tive todo o apoio, tanto da parte burocrática como da minha chefia e dos meus subordinados. Estes foram sensacionais, porque eu tinha que sair para fazer os exames, ausentar-me pós cirurgia, trabalhei home-office, e eles agüentaram firme.

Foi bastante difícil, chorei muito, refleti sobre muitas coisas e mudei muitas coisas em mim, jeito de ser, jeito de pensar, jeito de agir.

Tive muitos sonhos com meus pais. Eu tinha uma ligação muito forte com a minha mãe, e na semana da cirurgia, eu senti muito forte o cheiro do sabonete que ela usava e sentia a presença dela o tempo todo.


PRÉ OPERATÓRIO

Dr. Kowalski pediu para refazer os exames, exceto a biópsia (punção), e pediu também Raio X do tórax.
Também fui conhecer o anestesista e ele me orientou como seria feita a anestesia geral. Esta conversa é muito importante, ele passa a te conhecer melhor, avalia também os resultados dos seus exames e te tranqüiliza.
Fiz a cirurgia no Hospital AC Camargo. Em São Paulo, um dos melhores hospitais especializado em câncer.
Quis fazer todos os exames neste hospital. O atendimento é excelente. O que é difícil é conviver com pessoas de todos os tipos, de todos os lugares do Brasil, com diversos tipos de câncer. Eu acabei freqüentando mais a especialidade de cabeça e pescoço, então, tinha pessoas com deformidade no pescoço, na boca, na cabeça. Crianças, idosos. Os que já tinham operado e estavam com dreno no pescoço e falavam com o som abafado (tipo Tio Patinhas).
Dava vontade de chorar todas as vezes que eu entrava na recepção, mas também saia de lá mais forte, afinal, o meu caso era o mais simples como disseram todos os médicos.

CIRURGIA SÓ DAQUI HÁ 1 MÊS

A agenda do Dr. Kowalski é lotada. Prá conseguir horário com ele é muito difícil, ele é muito requisitado, mas não é impossível.
Foi um período bastante tenso. Eu nunca tinha operado nada, nunca tinha ficado internada, anestesia geral nem imaginava, era tudo novo, assustador prá mim.

Um dia antes da cirurgia, resolvi tirar um dia de folga no trabalho. Foi a pior coisa que eu fiz!!! Não tinha o que fazer, então, tive mais tempo de pensar em besteira. O telefone tocou o dia todo, e as pessoas me tratavam como se eu fosse morrer.  
“Boa sorte, fica com Deus, vai dar tudo certo, não se preocupe...”
O que eu fiz? Fui a manicure, cabelereiro, tingi o cabelo, cortei, saí de lá me achando sensacional, porque eu já sabia que ia ficar um tempo sem estas coisas. Vocês vão saber depois o porque.

CIRURGIA
Cirurgia agendada para 7 hs da manhã, eu estava em jejum.
O Dr. Kowalski me operou no Hospital AC Camargo.

Cheguei ao hospital as 5 hs, e a Sylvia Vieira, outra pessoa especial na minha vida, uma mãezona, foi comigo.
Fui dar entrada no Hospital, e fui dar bom dia para uma moça que estava lá na recepção e ela disse: “ Não sei se é bom o dia, meu pai acabou de falecer”.
Ai, e agora? Era um bom dia ou não? Olha como eu fui recepcionada no hospital!!!!
Fiz uma oração, e pensei: Vou fazer, este é um excelente dia prá mim e tudo vai dar certo.
Já no quarto, a enfermeira pediu para eu trocar de roupa e colocar o avental cirúrgico. Eu super fresca não queria porque alguém já podia ter morrido com aquele avental. Olha que fresca!!!
Daí ela me deu o remédio para ficar sonolenta, mas eu estava tão nervosa, que nada de sono.
Na TV estava passando a prisão do Dr. Roger Abdelmassih – o tarado que abusava das mulheres que faziam tratamento para infertilidade, e mudando de canal, o desenho do Pica-Pau.
Pronto, chegou a hora de ir para o centro cirúrgico. Me agasalharam com dois cobertores e me levaram. O medo aumentando.
Me deixaram numa sala de espera, porque eu ainda estava muito alerta, me deram outro remédio. Daí eu fiquei meia grog, lembro-me do Dr. Kowalski se aproximando, pegou minha mão e disse que ia cuidar de mim. Ao meu lado tinha uma moça que roncava. Sr., como consegue roncar antes de uma cirurgia???
Rezei bastante, pedi para que o remédio fizesse efeito logo para que me levassem. Finalmente me levaram para o Centro Cirúrgico, prenderam minhas mãos, meus pés e na altura da minha cintura, me agasalharam mais.
Eu estava bem grog, sonolenta, daí chegou o anestesista, pegou na minha mão e disse que ia me anestesiar, contou como seria, que ele ia colocar a seringa com anestesia e que eu ia apagar totalmente para que pudessem me entubar para a cirurgia. E me lembro que ele se apresentou e disse: “Não vou sair do seu lado, até você acordar.” Aí eu confiei, já não tinha mais jeito e eu apaguei mesmo.
A cirurgia durou 45 min. O que foi mais demorado foi a preparação (desde o remédio/calmante, anestesia, entubação), esta deve ter sido em 1 hora.
Acordei totalmente sonolenta, com o anestesista apertando minha bochecha e me dando um chacoalho de leve para eu acordar. Abri os olhos, vi que ainda estava no centro cirúrgico, ele disse que agora que eu tinha acordado, ele ia arrumar a sala até que eu ficasse mais acordada e que a cirurgia tinha sido um sucesso. Sorri e dormi de novo.
Depois me levaram para a salinha de acordar, acho que fiquei uns 40 min. até despertar e a anestesia parar o efeito.

INTERNAÇÃO

Cheguei no quarto, estavam lá Sylvia e Elaine, outra amiga antiga e o telefone já estava tocando, era meu Diretor querendo saber da cirurgia. Só que eu tava com a garganta dolorida, mas ele queria ouvir minha voz. Daí eu disse: “To bem, to com fome”. Ele riu e disse: “Ah, agora ta bem mesmo, já ta falando em comer”.
E realmente cheguei com muita fome. Estava falando bem, mas o Dr. Kowalski orientou não falar muito, porque poderia doer depois.
O almoço foi sopa, a sobremesa era algum mingau. Comi tudo!!!
Dormi bastante e depois consegui tomar banho com a ajuda das minhas amigas.
As visitas começaram a chegar, o telefone não parava, mas evitei falar.
O Lú Mochon me divertiu bastante, depois a Silmara, Maira, Ivan, Luiz e Bruno ( a equipe que trabalhava comigo) + Soraya, me levaram mais chocolate e me ajudaram a me maquiar. Não queria estar com cara de doente. Só passei um blush e um gloss, também não dava prá ficar com cara de drag queem no hospital.
Recebi uma ligação super importante, era a Luciana Amaral perguntando o que poderia me levar para comer no hospital. Neste momento estava entrando o Dr. Kowalski para a visita do dia. Eu perguntei se podia comer chocolate, e ele sorriu. Então, eu entendi que podia e pedi pra Luciana, que é dona de Buffet, me levar brigadeiros.
O Dr. Kowalski me examinou e disse que estava tudo ótimo. Explicou que tinha feito a extração total da tireóide, porque havia também outros nódulos micros que não apareceram no exame de ultrasson e fez a raspagem.
Só que esta raspagem não pode ser muito profunda, porque senão, pode-se machucar as cordas vocais.
Ele contou que havia fechado bem o corte, hoje tem uma cola especial. O corte foi bem pequeno. Ele ficou preocupado porque percebeu que eu era bem vaidosa.
À noite, o jantar já era sólido, purê de batata, com arroz e carne moída. Comi tudo de novo, aliás a comida do AC Camargo é excelente.
Depois chegou a Luciana com uma caixa de docinhos de festa, eu comi alguns brigadeiros.
E mais tarde chegou a Adriana para dormir comigo. Dormir nada, porque as enfermeiras entram no quarto de hora em hora e a vontade de fazer xixi também foi de hora em hora. E como eu não conseguia sair sozinha da cama, doía o curativo, incomodava. Também estava com soro, desde a hora que cheguei no quarto.
Na manhã do dia seguinte, boas noticias. O Dr. Kowalski veio fazer a visita e disse que eu estava ótima e já recebi alta.

CHEGADA EM CASA
A Adri foi me levar em casa. Passamos na farmácia, comprei todos os remédios para o curativo e outro para dor se fosse necessário. Não me lembro os nomes, mas vou procurar para postar aqui.
Cheguei em casa, e moro sozinha gente!!! Não quis ninguém em casa comigo. Então, a tia Emma, mãe da Pati Foligati, fez canja de galinha, sem sal, para eu poder me alimentar durante a semana.
Foi bem difícil. Arrumar casa nem pensar!!! A faxineira fez isso pra mim.
A comida, depois que acabou a sopinha da tia Emma, eu consegui fazer coisas simples, foi bastante sopa nestes dias.
Não podia comer sal, peixe, agrião, brócolis, couve-flor, e nada industrializado.
Também não podia usar nada de creme hidratante, maquiagem, tinta de cabelo, esmalte na unha, depilação com cera, batom. Sabonete só neutro.
Comer, ok, não dá vontade mesmo de comer.
Agora a vaidade, essa me pegou. Eu já tenho cabelo branco e ficar sem tingir pra mim é uma tortura. Sair de casa sem maquiagem??? Tomar banho e não passar creme? Sem sol. Deus, como foi difícil.
Isso eu tive que ficar nesta dieta até o dia do exame nuclear.
Esta semana em casa deu muito sono. Eu estava sem hormônio nenhum, e sem remédio, não pude tomar até a iodoterapia.
Então, dá muito sono. Na segunda semana, eu já estava melhor e cansada de ficar em casa. Voltei ao trabalho, mas eu tinha 1 mês de licença médica.
Voltei me achando ótima. Daí como o trabalho também estava muito atrasado, eu quis acelerar em tudo.
Pra comer, ia em restaurante por quilo e o dono de lá fazia frango grelhado sem sal e eu comia salada, o que era permitido.
Na quarta semana, sem iodo no corpo, eu já estava me arrastando, mas não queria dar o braço a torcer. Eu quase dormia na minha mesa, e ninguém entendia. Achavam que como eu já tinha operado, que tudo era pra estar bem. Quando eu falava que estava cansada, ninguém dava atenção.
Até, que não deu pra agüentar, comecei a ficar estressada e voltei pra casa. Trabalhei de casa, aí dormia a tarde, era mais tranqüilo.  Se você não tiver esta opção, obedeça seu médico.

CURATIVO
Eu fiquei 1 semana com o curativo que fizeram no hospital, mas podia lavar com água e sabão.
Depois voltei lá, refizeram o curativo e me ensinaram a trocá-lo. Tinha que fazer a troca diariamente, isso depois de 1 semana de operada.
Ë fácil, é só pegar o micropore e cortá-lo em tiras. Fazer um x com as tiras tampando todo o corte. Lave antes no banho!!!!
Eu aproveitava o banho para fazer massagem no corte. Com os dois dedos indicadores, alisar o corte de dentro pra fora. Faça o quanto você agüentar, mas isso é ótimo para não ficar com cicatriz grossa.
Eu não precisei ficar com dreno quando acabou a cirurgia, isso facilitou bastante.
Depois de 2 semanas, tira-se a linha lá no hospital, o médico que tira.
E a minha cicatriz ficou linda, só um corte de aproximadamente 3 cm, sem quelóide, e depois de 1 mês, eu já me sentia segura, não tinha aflição de passar a mão, então continuei com as massagens e com protetor solar. Este, uso até hoje. Uso o Minesol Oil Control – FPS 30, da marca Roc.

RETORNO AO CIRURGIÃO E AO ENDOCRINOLOGISTA
Neste período ainda estava me sentindo acabada. Ainda sem hormônio.
Fui passar no médico da equipe do Dr. Kowalski, e ele  esqueceu de marcar a minha iodoterapia. Foi péssimo, porque há poucas vagas de internação de iodoterapia, então é bastante concorrido também. Por isso, o que eu deveria ficar no máximo 3 semanas, acabei ficando 60 dias sem hormônio, fazendo a dieta do iodo e me rastejando por toda a parte. Ah, e muito irritada.
Não esqueçam. Saindo da cirurgia, já veja se será necessário o iodo e agendem o mais rápido possível.
Voltei também no Dr. Paulo. 1 vez/mês indo no endócrino, isso por 1 ano.
E no cirurgião, há cada 3 meses, depois ele vai aumentando o tempo de retorno.

IODOTERAPIA – O QUE É?
Iodoterapia é um tratamento feito à base do iodo radioativo, chamado Iodo131. Cerca de um mês depois de retirar o câncer de tireóide por meio de cirurgia, o paciente vai para um hospital onde ingere uma dose de iodo radioativo via oral, por meio de um canudinho. (O líquido é transparente e não tem gosto).

PREPARAÇÃO PARA O IODO
Tive que fazer uns exames antes do iodo, pra saber se ainda existiam nódulos na minha tireóide e se havia em algum outro lugar no corpo. O exame de corpo inteiro, como chamam. Ë uma máquina, tipo um scanner.
Você deita, eles te amarram nas mãos, pés e cintura, ou seja, você não pode se mexer. E a maquina passa há um palmo de você por todo o seu corpo.
Eu odiei este exame, as lágrimas escorreram, dá fobia de ficar naquele lugar sem se mexer e aquela maquina passando em cima de você. Solução menos pior: fechar os olhos.
Daí você tem que esperar na sala, para ver se não há necessidade de refazer o exame.

A dieta. Esta é fundamental, senão não adianta nada e o iodo não capta as células ruins que ficaram. Sempre fica, mas não tenha medo.

O iodo é vida!!! Ë ele que vai completar a sua cura.

DURANTE A INTERNAÇÃO PARA O IODO
Cheguei para internação. O quarto é separado dos quartos normais. Fica dentro do Depto Nuclear do hospital.
Eles ficam te monitorando o tempo todo.
Entrei, a enfermeira pediu para me trocar e guardar toda minha roupa num saco que eles lacraram. Sem celular, porque senão não poderia utilizar depois. Eles confiscam tudo, mas é para seu bem.
Levei um livro, um pacote de bolacha de água e sal. Ah! E eu usava óculos na época, pedi para ficar com ele senão não ia enxergar nada. Liberaram o óculos, mas disseram que se estivesse com muita radiação, ele não ia poder sair do hospital. Me orientaram a estar lavando sempre com água e sabão.
Tudo o que ficou comigo, deveria ir para o lixo depois, ou melhor, antes de eu sair da internação.
Entra a nutricionista pra saber o que você gosta de comer.
Coloquei a roupa, azul anil, não sei que tecido é aquele, mas parecia perfex ( aquele paninho de pia). Sem calcinha, sem sutiã. Eu só fiquei com meia e depois tive que descartar.
No quarto tinha telefone, computador, geladeirae câmera tipo Big Brother. Tudo encapado com filme plástico.
Já trocada, a enfermeira veio com uma placa de chumbo, e ela estava toda equipada, parecia uma astronauta e também com uma placa de chumbo nela. Mediu minha temperatura, depois me deu um copo com água. O comprimido (iodo 131), você tem que tomar muito rapidamente. Ele vem dentro de um pote de alumínio, você pega e engole rapidamente, bebe água. A enfermeira saiu de costas.
Como eu disse antes, fiquei 60 dias sem iodo, tava me arrastando, com muito sono.
O telefone era longe da cama, e ele ficam ligando o tempo todo pra saber como você esta se sentindo, se houve alguma reação.
A orientação é tomar banho a cada 1 hora, lavar e esfregar bastante o corpo e tomar muita, mas muita água para baixar os níveis de radiação bem rápido. Quanto mais água melhor e você sai mais rápido do hospital também.
Eles calculam 3 dias de internação. Eu fiquei 1 dia e ½ .
Fui dormir, daí eles me ligaram para eu tomar banho. De hora em hora, lavar o cabelo todas as vezes. É um saco, porque nem dá tempo de você se enxugar e já tem que tomar banho de novo.
A refeição desta vez foi horrorosa.
O paladar muda por causa do iodo e eu fiquei bastante inchada.
TV o dia todo, mas não agüentava mais assistir Sonia Abrahão, esses programas da tarde que são insuportáveis.
Dormia, eles me acordavam pra saber se eu estava bem.
Na hora de colocar comida, eu entrava no banheiro, e eles todos equipados entravam rapidamente. Eu so saia do banheiro quando se fechava a porta.
Eu estava sem fome, eles me ligaram e pediram para eu forçar comer algo. Não consegui, daí eles me fizeram uma vitamina de banana, mamão e aveia. Ë bom que o intestino funcione e também que faça bastante xixi.
Tudo para eliminar o iodo.
No primeiro dia ok, apesar de tantas ligações e ter que ficar levantando pra atender. O computador super lento, fiquei irritadíssima. A noite, nem dormia direito, tinha que tomar banho e água.
Como não comi comida, eu comi bolacha de água e sal, suco Del Vale e água.
Um pacote que eu levei, não abri, a bolacha ficou toda mole. O que o iodo faz!!!
Li um pouco, mas não conseguia me concentrar.
Recebi algumas ligações no telefone do hospital. Soraya, Zilagyi, Clayton, foram uns fofos porque eu tava mal prá caramba. Também falei pouco no telefone, porque a garganta fica inchada e acaba doendo também se você se excede.
Toda hora que me sentia mal, lembrava que aquilo era uma etapa do processo para me dar vida.
No dia seguinte, continuei com os banhos de hora em hora e bebendo água. Urinando bastante.
Daí me deram uma outra vitamina de café da manhã para que o intestino funcionasse. Eu tava forçando tudo para que eu saísse logo de lá. Já estava pirando.
11 horas da manhã, o médico nuclear veio medir a radiação, com todos os equipamentos, placa de chumbo. Ë horrível, você se sente um ET contaminado.
Depois de 3 horas, me ligaram pra falar que eu estava tendo alta.
Chorei!!! Até que enfim ia pra minha casa.
Liberaram minha roupa, me troquei.
Tive que descartar a meia, escova de dente, escova de cabelo, livro, as comidas que levei, sabonete, tudo o que levei.
Meu óculos foi para exame, e depois voltou. Eles acabaram liberando.

DEPOIS DA IODOTERAPIA
Orientações para sair de lá: Sair rápido e não ter contato nenhum com criança e mulher grávida por 1 semana, ou seja, não saí de casa. Como saber se uma mulher está grávida? Se ela está no inicio da gravidez e não tem barriga? E se você topar com uma criança?
A mulher pode perder o feto e a criança pode ser contaminada e vir a morrer.
Então, sai de lá, peguei um taxi, vim no banco de trás com o vidro aberto.
Não pode ter relação sexual nesta semana também.
Fui pra casa. não sai de casa durante esta semana.
Na saída do hospital, o medico já receita uma dose pequena de hormônio pra você ir voltando ao normal.
Eu estava no taxi, a Adri me ligou e daí eu chorei mais. Sou chorona mesmo e eu tava me sentindo péssima. Fiquei muito inchada, meu pescoço ficou do tamanho do meu rosto, eu me sentia um sapo gordo. Depois perdi 2 kg só de liquido.
Alimentação liberada, exceto industrializados. Quase não como mais, é muito raro.


ACOMPANHAMENTO

 Depois desta semana em casa, voltar ao hospital pra fazer o exame de corpo inteiro novamente.
A cada 3 meses, retorno no cirurgião.
1 vez/mês, retorno no endocrinologista, afinal, você vai ter que voltar ao seu corpo de antes da doença. Eu engordei 8 kg, mais o inchaço.
Juntos, eles vão adequando o melhor remédio e a dosagem para você tomar.
Hoje, estou com 68 kg e tomo Syntroid 137 mg. Ainda preciso emagrecer 6 kg.
Ah! E meu colesterol disparou, coisa que antes eu nunca tive problema, então faço controle mensal também.
Tenho vida normal e agradeço todos os dias pelas mãos que passei. Tive médicos excelentes.

É isso gente. Espero mesmo que possa ter te ajudado.
Contem comigo para tirar dúvidas.

Beijo.

Nádia.

15 comentários:

  1. Não estava sabendo disso, mas que bom que deu tudo certo....
    E tenho certeza que este blog vai ajudar muita gente!!!!!
    ...agora o cheirinho do sabonete da sua mae...pode ter certeza que ela estava e sempre estara do seu lado.....
    Mas adorei seu blog....vou sempre indicar ...pq trocar informções....é fantástico..
    parabens pelo blog
    bjss
    débora

    ResponderExcluir
  2. Nádia, parabéns de novo. Super bem escrito, e informativo. Que esse blog ajude a muitas outras pessoas a se sentirem mais seguras para segurar toda a essa barra. Um beijo grande, Fernando

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  3. Nadia,

    Sou amigo do Nani Arteaga e ex-BCP também.
    Passei por exatamente o que você narra acima no ano passado. Minha médica foi a Dra. Iaroslava Chomen (Hosp. São Luiz) e fiz a iodoradioterapia com o Dr. Ronaldo Diaféria no Hosp. Santa Rita. Não é fácil encarar essa doença, mas pelo menos sabemos que a cura dela é definitiva, se os procedimentos forem seguidos a risca!
    Tenho uma cozinha industrial a 10 anos, e forneço alimentos congelados e embalados individualmente para vários restaurantes do Brasil, e também para pessoa física via meu site (www.oria.com.br).
    Não é meu intuito fazer merchandise aqui. Postei isso, porque ao fazer o tratamento pós cirurgico (iodoradioterapia), criei uma dieta especial hipo-iodica (sem iodo) que fez do momento algo mais aprazível e saudável. Para mim, mais que um negócio, entendo que isso ajuda e muito o pisicológico e a principalmente a saúde dos pacientes, neste momento já debilitado! O Dr. Diaféria avaliou meu caso, como um dos que mais recuperaram positivamente após a iodoradioterapia. Ele acredita que isso se deve ao fato de ter chegado ao hospital com uma alimentação forte, nutritiva e evidentemete livre do iodo.
    Acho interessante a divulgação da minha dieta para quem vá passar por isso. Nesta dieta se come de tudo um pouco; Ravioli de Carne com Molho ao Sugo, Almondegas, Risotos, Sopas, Picadinho, Fricassè de Frango, Pão Integral e Francês Branco.
    Saúde a Todos!!! Felipe Oria

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  4. Oi Felipe, seja bem vindo!!!

    Que ótima sua idéia de alimentos do pré iodo. Pelo menos as pessoas vão poder comer coisas gostosas, isso ajuda bastante a se sentir melhor nesta fase.

    Vc. é ex BCP também? Uau, quanta coincidencia!!! Entre no meu outro blog chucolateria.blogspot.com.

    Obrigada pela dica.

    Um abraço.

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  5. Tks Fe. Um elogio vindo de você, chiquetérrimo!!!!! Adorei.
    bjs.

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  6. Oi Debora, indique sim. Sempre alguma coisa pode ser útil.
    Beijos.

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  7. Nádia, não sabia que vc tinha passado por tudo isso, você foi e é uma guerreira!!! Sempre foi alguém muito forte e centrada. Fico muito feliz que vc tenha superado tudo isso.
    Ótima iniciativa a de divulgar tudo que vc passou, pois muitas pessoas podem estar doentes e nem sabem.
    Grande beijo.
    Simone Sapienza

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  8. nao tinha lido a segunda parte!!!
    Deixa te perguntar....durante ou depois do tratamento, vc sentia alguma difuculdade para deglutição??
    Tinha dor p deglutir, ou engago com frequencia???
    E tbemn queria saber se teve alguma alteração na voz....se sentiu mais rouca..mais fraca????
    Fiquei pensando aqui....
    bjss

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  9. oi meu nome é Valeria estou passando por isso maisd uma vez este aperto no coraçao esta esigurança medo de perder quem eu amo
    meu irmao teve isso a um ano e meio atras o dele era na cabeça adenoma de hipófise agora é com minha mae querida
    o dele é carcinoma de papilifero maligno estou com muitgo medo o meu irmao operou e graças a deus esta tudo bem mas o dele era benigno o da maizinha cha é esse ruim
    o dela descobrimos esta semana que medo

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  10. Oi Debora, dói sim para engolir. antes da cirurgia, parecia que eu comia com uma bola dentro da boca. e depois então, era esquisito. mas dá pra levar na boa, é só um incomodo.
    bjs

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  11. Valeria, prazer em conhece-la. o caso da sua mãe, não sei o tamanho do nódulo, mas se estiver no inicio, ele é fácil de ser tratado. Fique tranquila, Deus vai cuidar dela. Vcs. só tem q fazer a parte de vcs e levar em bons médicos e fazer o tratamento direitinho.
    Se precisar de qq. coisa, pode me escrever camargona@hotmail.com
    Beijos, tenha muito amor com ela, ela vai precisar muito.

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  12. Oi Nádia , é saber uma notícia dessa não é nada fácil mesmo.Eu queria saber se isso é genético?? Obrigada.Beijos. Tati.

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  13. oi Tati, não sei te informar, eu só fui uma paciente de cancer. Bjs.

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  14. Oi Nadia!
    Estou passando pela mesma situação que vc. Fiz a punção que acusou dois possiveis resultados:Carcinoma papilefero ou bocio coloide, so vai ser conclusivo durante cirurgia.Minha cirurgia foi agendada para novembro, oq me deixou angustiada, pois quero resolver isso o mais rapido possivel.Meu plano de saude é da DIX, e a fila de espera é longa...Gostaria de saber se vc fez a cirurgia pelo convenio ou particular?
    Obrigada desde ja,
    Daniele

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  15. Oi Nádia, meu nome é Valeska e sou de Recife. Tive o diagnóstico hoje e estou, sinceramente triste, afinal não é fácil receber esta notícia, apesar das boas expectativas do médico. Gostei muito de ler seus comentários e espero conseguir antecipar minha consulta com o cirurgião que meu endocrino recomendou, já que consegui apenas para 25 de janeiro de 2012. Semana que vem vou pessoalmente no consultório dele para tentar falar e antecipar a consulta, assim opero logo. Se Deus quiser tudo dará certo. Da cirurgia até o dosagem de iodo+recuperação, quantos dias mais ou menos, na sua opinião precisarei me ausentar do trabalho ? Abraços e fica com Deus !!!

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